Reportagem destaca que parte do canteiro onde eram para estar trilhos receberão serviços de paisagismo

Uma reportagem no Jornal da Globo, exibida nesta terça-feira (17), mostrou o abandono da obra bilionária do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, que não ficou pronta mesmo após quatro anos da realização da Copa do Mundo no Brasil. Enquanto as obras não acontecem, a prefeitura do município resolveu investir no paisagismo no local que passaria os trilhos.

A obra do VLT que era uma promessa para Copa do mundo de 2014 já custou aos cofres públicos cerca de R$ 1,06 bilhão de uma previsão de R$ 1,5 bilhão. Antes de ser paralisada, em dezembro de 2014, só foram construídos seis dos 22 quilômetros de trilhos. 

O contrato da obra está sendo debatido na Justiça por suspeita de irregularidade nos pagamentos feitos na administração do ex-governador Silva Barbosa (sem partido). O ex-chefe do executivo confessou em delação premiada junto a Procuradoria Geral da República um esquema de pagamento de propina.

O governo atual, sob Pedro Taques (PSDB), quer fazer outra licitação e ainda calcula quanto vai ser gasto para concluir as obras. Segundo o chefe da Casa Civil, Ciro Gonçalves, até final de agosto a licitação estará pronta. “É trabalhar até o dia 30 de agosto para termos o edital concluído com todos os detalhes na questão de engenharia e dar clareza a questão jurídica deste empreendimento”, disse. 

PAISAGISMO

Enquanto o VLT não passa, a prefeitura de Cuiabá investe cerca de R$ 180 mil em uma Parceria Publico Privada para fazer jardinagem aonde seria a linha do trem. O plantio de árvores ornamentais será concluído em três meses.

No entanto, a reportagem destaca que a Copa de 2018 acabou e o mato tomou conta de boa parte do percurso dos trilhos. Além disso, parte da extensão virou palco de vários atos populares como forma de protesto. 

Eventos como churrasco entre amigos e sala ao ar livre de uma academia são um dos exemplos citados na reportagem. Durante entrevista com populares, o auxiliar administrativo Jesus Souza Barros questiona onde está o dinheiro investido. “Dinheiro nosso investido e você não vê o retorno só fica na promessa”, destacou.

Fonte Folha Max