Roseli foi presa em 20 de agosto daquele ano pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
A prisão de Roseli Barbosa, em 2015, então primeira-dama do Estado, pode ter ocorrido de forma ilegal. Essa é a avaliação do promotor de Justiça Allan Sidney do Ó após ouvir o reinterrogatório do cabo da PM Gerson Correa Júnior, realizado na tarde dessa segunda (27), na 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá. À imprensa, o promotor explicou que não compete a ele analisar o caso e sim ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), “mas óbvio que se foi da forma como ele falou, a situação é ilegítima e é ilícita”, alertou.
Roseli foi presa em 20 de agosto daquele ano pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A Ouro de Tolo apurava esquema de fraude em convênios na secretaria estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), no período em que Roseli comandava a pasta. A esposa do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) foi acusada de cobrar propina de 40% dos valores dos contratos superfaturados. Estima-se que R$ 8 milhões tenham sido desviados no órgão. Ela foi solta menos de uma semana depois.
Ao falar deste tópico, o cabo Gerson admitiu que se equivocou quanto à informação de que não houve barriga de aluguel na Operação Ouro de Tolo. Exibiu um papel ao juiz Murilo Mesquita, que conduz a ação dos grampos, que seria o pedido de interceptação da família Barbosa. Ele explicou que ao invés de ter sido especificado que os cinco terminais telefônicos eram de Roseli e familiares, o pedido informava que todos os números pertenciam a então primeira-dama, configurando assim a barriga de aluguel.
O cabo disse que essa brecha no pedido de interceptação foi que permitiu que a família Barbosa, incluindo Silval, fossem grampeados. Gerson afirmou que “o sucesso da prisão de Roseli se deu por essa atividade ilícita”.
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