Servidores cobram reunião com Mauro e ameaçam iniciar 2019 em greve

Sindicalistas esperam que governador sente à mesa para debater situção
Servidores cobram reunião com Mauro e ameaçam iniciar 2019 em greve

Com a indefinição em relação ao pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) dos servidores do Estado após restrições determinadas pelo Tribunal de Contas, os representantes sindicais devem se reunir nos próximos dias para decidir qual será o posicionamento perante ao novo gestor Mauro Mendes (DEM). No entanto, os servidores garantem que, caso não haja diálogo com o democrata, a nova gestão pode começar com greve dos servidores públicos.

O deputado estadual eleito, João Batista (Pros), que representa o Sindicato dos Penitenciários de Mato Grosso (Sindespen) e a vice-presidente da Associação dos Servidores da Universidade de Mato Grosso (Adunemat), Edna Sampaio,  comunicaram que a falta de negociação pode desencadear a greve. A principal pauta do funcionalismo é garantir o recebimento do RGA. “O Fórum Sindical não pretende e não quer fazer greve. A greve é uma contingência, uma condição imposta como única forma dos trabalhadores reivindicarem seus direitos. E a greve não é feita em um estalar de dedos, ela é um processo de construção e negociação intensa”, destacou Edna em entrevista a Rádio Vila Real FM.  

No entanto, ela afirma que a categoria também aguarda uma reunião com futuro governador a fim de visualizarem alguma proposta e evitar qualquer tipo de paralisação. “Nós estamos em situação muito complicada. Estamos em um final de Governo, entrando em um novo Governo no dia 1° de janeiro. Nós não sabemos qual será a política e não sabemos qual serão as condições que o Governo Mauro Mendes vai nós dar. Pretendemos agendar uma reunião com o governador Mauro Mendes e estabelecer um diálogo”, explicou. 

Já o deputado eleito, João Batista, criticou a posição do atual Governo de Pedro Taques (PSDB) que não se posicionou para resolver o pagamento do RGA e mantém inércia quanto ao assunto. Ele explica que a RGA não representa aumento salarial, mas sim a recomposição do poder de compra do trabalhador baseado no índice do ano interior. “Está na Constituição. É direito do servidor público na data base recompor o índice inflacionário. Neste Governo nunca teve data base até porque este Governo parcelou todas as RGAs, e sempre tivemos problema para receber”, pontuou.  

Entretanto, Batista disse que a posição do Executivo sempre foi desrespeitosa e lembra declaração do secretário de Governo, Domingos Sávio, que chamou os servidores de “mal agradecidos”. Para ele, o ponto de vista de Sávio é o mesmo do governador Pedro Taques.

Por isso, o deputado eleito descreve que decadência da gestão tucana é reflexo de um grupo político fracassado, que ganhou as eleições em 2014, mas não teve capacidade de fazer no comando da máquina. “Sabiam das medidas que deveriam ser tomadas e não tiveram coragem. Não tiveram competência técnica, política administrativa para fazer e vem agora no finalzinho, aos 45 minutos do mandato do governador Pedro Taques, tentar fazer a defesa do indefensável”, afirmou. 

Mesmo considerando a falta de respeito e compromisso por parte do governador, os representantes dos servidores avisaram também que devem decidir em plenária  a melhor estratégia, tendo em vista o início do próximo Governo. Porém, avisam que greve é o recurso extremo dos servidores. “Infelizmente no Governo Taques nós tivemos problemas em estabelecer um dialogo, e esperamos no governo Mauro Mendes que tenhamos mais condições de dialogar. Se não houver outra saída, outra condição, nós temos a responsabilidade de construir uma posição em relação a isso”, finaliza a servidora.

 

Fonte Folha Max

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