Fávaro denuncia Selma ao TJ por fazer campanha enquanto juíza

Ex-vice governador usou depoimento de Dilceu Rossato, que confirmou ter discutido política com Selma antes dela se aposentar
Fávaro denuncia Selma ao TJ por fazer campanha enquanto juíza

Os advogados do ex-vice-governador Carlos Fávaro e de seu partido (PSD) solicitaram ao desembargador Pedro Sakamato, corregedor-geral do TRE, que o depoimento do ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (PSL), na ação que investiga a prática de Caixa 2 na campanha da ex-juíza e atual senadora eleita Selma Arruda (PSL) seja encaminhado à Corregedoria Geral de Justiça. No pedido de Fávaro, o então pré-candidato a governador (Rossato) afirma que Selma negociava abertamente a futura candidatura enquanto ainda atuava como magistrada na Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Isso caracterizaria falta funcional grave, violação à Lei Orgânica da Magistratura Nacional e ao código de ética da magistratura, entre outras. 

De acordo com o depoimento de Rossato, colhido no dia 28 de novembro, Selma Arruda não estava aposentada quando se encontrou pela primeira vez com o ex-prefeito, que desejava oferecer a ela a vaga de vice na chapa majoritária encabeçada por ele. Foi rechaçado de pronto, pois Selma teria dito que queria concorrer ao Senado.

O encontro entre Rossato e Selma teria sido intermediado por meio de um “convite sigiloso” de Rafael Dal Bó, membro do PSL, para uma reunião.

Os impetrantes corroboram a denúncia contida no depoimento de Dal Bó, cruzando com o depoimento de Rossato, e as matérias e entrevistas registradas na época em que o fato ocorreu. A representação destaca que a Executiva do PSL elaborou e aprovou, inclusive, uma resolução proibindo a filiação de pessoas delatadas ou envolvidas em corrupção, uma das condicionantes para a filiação de Selma ao partido. 

“Isto posto, vem os peticionários, pelos fatos e razões já expendidas, requerer que o depoimento da testemunha Dilceu Rossato, bem como os documentos juntados nesta petição, sejam encaminhados à Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, para apurar possível falta funcional, violação à Lei Orgânica da Magistratura Nacional, ao Código de Ética da Magistratura e das disposições contidas na Constituição Federal, supostamente cometidas pela então juíza Selma Rosane Santos Arruda, em decorrência de sua participação em reunião (atividade) político-partidária, na sua residência, por meio de “convite sigiloso”, sendo que ela indicou o cargo que “queria” concorrer ao pleito eleitoral de 2018 (nas palavras da testemunha compromissada), enquanto investida no cargo de Juíza da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT, resultando na elaboração e publicação de Resolução Interna do PSL”, diz trecho do documento.

Fonte Folha Max

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