Denúncia de Peculato contra presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Peixoto pode fragilisar parceria com a Secretaria de Estado de Saúde no gerenciamento do Hospital Regional de Peixoto de Azevedo
Diante da grande polêmica gerada após o cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido nesta terça-feira, dia 07 de janeiro de 2020 pelo Juiz da 2ª Vara da Comarca de Peixoto de Azevedo-MT, após recebimento de denúncia pelo Ministério Público Estadual e abertura de investigação sobre possível prática de crime de peculato, em virtude do desvio de equipamento hospitalar, sendo 01 Aparelho de Ultrassonografia Completo e 03 Transdutores, que fora disponibilizado ou emprestado para uma Clínica Particular estabelecida no município, fato este que foi constato e comprovado ‘In Loco’ quando da presença do Promotor de Justiça, Dr. Marcelo Mantovanni Beato no referido estabelecimento.
Os Prefeitos que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde receberam a notícia com muita preocupação, uma vez que segundo informações da própria Secretaria Municipal de Saúde de Peixoto de Azevedo, existem mais de 450 solicitações de exames de ultrassonografia requeridos pelos médicos aos pacientes desta municipalidade, e que aguardam na fila de espera há muito tempo para sua realização, que por sua vez avalia a estrutura interna do organismo e auxilia no diagnóstico de diversas patologias.
Os Secretários Municipais de Saúde também estão receosos em relação a parceria existente com o Governo de Mato Grosso que pode ser fragilizada diante dos fatos evidenciados pela Promotoria de Justiça da Comarca de Peixoto de Azevedo.
Se cogita nos bastidores que poderá ser solicitada pelos gestores municipais e secretários de saúde o afastamento temporário do Prefeito de Peixoto de Azevedo, Maurício Ferreira de Souza, do cargo, atribuições e funções de Presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Peixoto, até que sejam concluídas as investigações.
Para eles, é de extremo bom senso e coerência tal atitude por parte do Prefeito Peixotense, pois demonstraria o interesse do mesmo de ver todos os fatos denunciados e que ganharam repercussão estadual, elucidados, sem que houvesse maiores prejuízos, transtornos e dissabores para o gerenciamento das atividades e a funcionalidade do hospital regional que atende os municípios de Peixoto de Azevedo, Matupá, Terra Nova do Norte e Novo Mundo, com uma população superior a 100.000 pessoas.
O episódio amplamente divulgado nas redes sociais podem comprometer os trabalhos do consorcio intermunicipal de saúde devido ao desencadeamento de processos nos âmbitos criminal e cível, inclusive já apontados pelo MPE.
A expectativa é de que o atual Presidente e Prefeito Maurício Ferreira de Souza, apresente o pedido de afastamento temporário do CISVP, até o fim das investigações, para que não haja atropelos e percalços com relação ao custeio, manutenção e gestão da unidade hospitalar que agrega em seu polo de atendimento também as comunidades indígenas e pacientes vindos da região sul do Pará.
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