Governo de MT tenta negociar com presos que fazem rebelião em presídio

Quatro presos morreram após confrontos entre si e um infartou na unidade. Rebelião começou na terça-feira em penitenciária de Sinop.
Governo de MT tenta negociar com presos que fazem rebelião em presídio

A rebelião na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira (conhecida como Ferrugem), em Sinop, a 503 km de Cuiabá, chega ao segundo dia nesta quarta-feira (12). Cinco presos foram mortos e 17 ficaram feridos durante a rebelião, que ocupou dois raios da penitenciária e envolveu cerca de 240 detentos logo na manhã de terça-feira (11). A principal suspeita é que a situação tenha sido motivada por rixa entre facções rivais.

De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), as negociações entre as forças de segurança do governo e os presos foram suspensas no início da noite de terça-feira e devem ser retomadas logo nesta manhã. A unidade prisional tem capacidade para abrigar 326 presos, mas acomoda atualmente 828 detentos, segundo dados da Sejudh.

A secretaria apurou que os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes se preparavam para a troca de serviço. Agentes que estavam nas torres observaram uma movimentação estranha. Quando os servidores foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul, foram recebidos com disparos de arma de fogo.

Alguns presos estavam com dois revólveres. Os serviços de inteligência estão investigando como o armamento chegou até os detentos.

Até o momento foram confirmadas quatro mortes de detentos em confrontos entre si mesmos e um que morreu após infartar. Nenhum agente prisional ou servidor público ficou ferido. Alguns detentos feridos nos confrontos entre os presos foram socorridos e encaminhados a unidades de saúde da cidade.

De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), morreram os seguintes presos na rebelião: Reginaldo Agostinho, que respondia pelo crime de tráfico de drogas; Bruno Aparecido Bezerra, preso por roubo; Marcelo Viturião Carvalho, preso por latrocínio; Isauro Pedro Gonçalves, que respondia por crime sexual; e José de Souza Silva, condenado por roubo. Os corpos das cinco vítimas estão no Instituto Médico Legal (IML) de Sinop.

O detento José de Souza Silva, segundo a secretaria, sofreu um infarto, foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros mas não resistiu e morreu.

A segurança foi reforçada dentro da penitenciária e também no entorno. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) e militares do Corpo de Bombeiros estão dentro da unidade.

Fonte G1 MT

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