Governo convoca 7 coronéis para julgar militares envolvidos no caso dos grampos

O processo tramita em segredo de Justiça e a partir de agora os sorteados serão intimados.
Governo convoca 7 coronéis para julgar militares envolvidos no caso dos grampos

O governador Pedro Taques (PSDB) e o secretário-chefe da Casa Civil Max Russi oficializaram o sorteio dos sete coronéis que julgarão os militares envolvidos no caso dos grampos telefônicos em Mato Grosso, investigado na Operação Esdras. Foram convocados os oficiais escolhidos na audiência no último dia 26, na 11º Vara Criminal Especializada da Justiça Militar da Comarca de Cuiabá, sob condução do juiz Murilo Moura Mesquita.

Os coronéis Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Junior são os membros titulares, enquanto os coronéis Pedro Sidney Figueiredo de Souza, Lilian Tereza Vieira de Lima e Raimundo Francisco de Souza são os membros suplentes.

O processo tramita em segredo de Justiça e a partir de agora os sorteados serão intimados. Caberá a cada coronel dizer à Justiça se está apto ou não para julgar os envolvidos. Como a nomeação não é obrigatória, eles poderão alegar, por exemplo, que têm relações de amizade ou proximidade com um dos réus, o que os obrigariam a não julgar o processo.

Se houver desistência, novos sorteios serão realizados até que se preencham todas as sete vagas. Passada essa etapa, serão homologados dos nomes que efetivamente participarão do julgamento.

Operação Esdras

A Esdras foi deflagrada em 27 de setembro do ano passado pela Polícia Civil, culminando na prisão de oito pessoas e trazendo a tona a suposta existência de uma organização criminosa que teria realizado esquema de interceptações ilegais em Mato Grosso.

À época, foram presos o delegado Rogers Jarbas, ex-secretário estadual de Segurança Pública (Sesp); o coronel Airton Siqueira, ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos; o coronel Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar e sua esposa Helen Christy; além do advogado Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil; o sargento João Ricardo Soler; o empresário José Marilson (já em liberdade); e o major Michel Ferronato, do setor de Inteligência da Sesp.

Além das prisões, autorizadas pelo desembargador do Tribunal de Justila Orlando Perri, os policiais também cumpriram um mandado de fixação de medidas restritivas, um de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão.

Fonte RdNews

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