Os crimes teriam sido cometidos contra a empresa Atame. Segundo o MPE, cártulas de cheques foram falsificadas, contando o nome de Ester nas ordens de pagamento.
A juíza Silvana Arruda, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Ester Galli, filha do deputado federal Victório Galli (PSL), pelos crimes de furto qualificado e estelionato. Ester é servidora estadual.
Os crimes teriam sido cometidos contra a empresa Atame. Segundo o MPE, cártulas de cheques foram falsificadas, contando o nome de Ester nas ordens de pagamento. Valor aproximado de R$ 32 mil foi desviado, segundo o órgão ministerial.
Além da filha do deputado, também foram denunciados Eliani Aparecida de Oliveira, Suely Gonçalves da Silva, Vanildo Nogueira, Julio Campos da Silva, Jean Carlos Ribeiro Barcelos Ferreira, Marcio Sales de Freitas, Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas e Zaqueu Vieira da Rocha.
Entre novembro de 2008 e outubro de 2010, Ester trabalhava no setor financeiro, responsável por administrar os cheques de pagamento que os alunos repassavam.
O MPE também acusa a filha do deputado de planejar um furto no Grupo Atame, em dezembro de 2009, dois meses após serem demitidas da empresa. Foram levados 67 folhas de cheque em nome de alunos da empresa no valor de R$ 220 mil, talões dos bancos do Brasil e Itaú, 9 monitores LCD e dois aparelhos Datashow.
Segundo a denúncia, após o furto, os acusados praticaram o crime de estelionato. Uma das rés apresentou documentos falsificados para abertura de duas contas correntes visando a compensação dos cheques.
O outro lado
Ester Galli emitiu a seguinte nota.
"Venho por meio desta nota, dizer que jamais aceitarei qualquer tipo de acusação e calúnia envolvendo meu nome ou de minha família. Temos uma história de fé e temor a Deus, seguimos o caminho da retidão. Exercemos trabalhos lícitos, criamos nossos filhos com dignidade e nos caminhos do cristianismo.
Trabalhei há mais de 10 anos, durante 8 meses, numa determinada empresa na cidade de Cuiabá, exerci minha função com zelo e honestidade. A época, ocorreu um sinistro naquela empresa e todos os 10 funcionários, naquela ocasião, foram chamados em um processo e considerados suspeitos, embora eu considere a suspeita absurda e covarde.
Não há nenhum depoimento de suspeitos ou de envolvidos que tenham citado, em qualquer momento, o meu nome. Não há o menor sentido ou cabimento de me incluírem em tal situação.
Tomei conhecimento deste processo pela boca de um jornalista e estive no fórum, mesmo sem ser intimada, e constituí uma defensora para cuidar do assunto.
Para tanto, embora o lento processo esteja há 10 anos consumindo recursos de nós brasileiros e tempo do Poder Judiciário, eu fiz questão de fazer a peça de defesa, no meu dever de cidadã. Pois, a partir de agora, eu sou a maior interessada em mostrar o tamanho da covardia ao envolver meu nome nisso.
Após a conclusão e o devido arquivamento do processo, irei processar, por calúnia, todos que me citarem e usarem, deste fato, de forma sorrateira para afrontar minha família e atacar meu pai em pleno processo eleitoral.
Desejo toda a paz do Senhor Deus de Israel a todos. E peço, deixem minha família em paz.
Por que trazer um fato de 10 anos atrás, sem fundamentação, sem cabimento e sem provas, numa acusação absurda em pleno processo eleitoral?"
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