Além da perda do cargo público, o 1º sargento foi condenado também a 7 anos de prisão em regime fechado e pagamento de 100 dias-multa, com base em 1/30 do salário mínimo vigente na época.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Vieira da Cunha, determinou hoje a perda do cargo público do 1º sargento da PM, Edson Talismar dos Santos, condenado por venda clandestina de armas e munições. A decisão do comandante-geral foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (12) e é retroativa ao dia 5 de dezembro.

“Determinar ao Comandante do ex-militar, que realize o recolhimento do fardamento e dos apetrechos que pertença a Fazenda Pública Estadual e que estejam sob a posse do ex-1º sargento PM Edson Talismar dos Santos - RG: 879.610, encaminhando à Seção de Apoio Logístico - SALP, e ao Setor de Identificação da PMMT, tendo para tanto o prazo de 05 (cinco) dias após a publicação em Diário Oficial para a remessa ou que preste informação de qualquer impossibilidade”, determinou também.

De acordo a ação judicial que culminou na perda do cargo, Talismar foi preso preventivamente no dia 21 de julho de 2017, quando o delegado de Campo Novo do Parecis (390,8 km de Cuiabá), Adil Pinheiro de Paula, ingressou com busca e apreensão domiciliar e prisão preventiva. O delegado fez o pedido após tomar conhecimento das práticas do 1º sargento.

Dois dias depois, já em liberdade, Edson foi preso ao ser flagrado transportando em sua caminhonete 1 espingarda de 2 canos, calibre não informado; 1 revólver Smith & Wesson, calibre 32,3; 3 munições calibre 32 intactas; 1 espingarda Boito, calibre 20, esta última em nome de Luiz Antônio Ferreira da Silva.

No mesmo dia, a polícia encontrou na residência de Edson 3 munições, calibre 12 antimotim; 4 munições, calibre 12; 3 munições, calibre 32; 11 munições, calibre 44; 159 munições, calibre .40; 162 munições, calibre 20; 1 espingarda, cujo calibre não foi informado; e 1 carabina, calibre 44.

No dia 20 de julho, três dias antes destas apreensões, a polícia apreendeu em outra residência 1 revólver Taurus, calibre 32, e 3 munições do mesmo calibre. Os itens foram apreendidos na casa de Marlon Eduardo Rodrigues de Oliveira que, em depoimento, afirmou os ter comprado de Edson Talismar.

Além da perda do cargo público, o 1º sargento foi condenado também a 7 anos de prisão em regime fechado e pagamento de 100 dias-multa, com base em 1/30 do salário mínimo vigente na época. A decisão foi proferida pela juíza Cláudia Anffe Nunes da Cunha, da 2ª Vara Criminal e Cível, da Comarca de Campo Novo do Parecis.

A decisão deverá ser reformada pelo Tribunal de Justiça quando o PM recorrer da sentença. Isso porque, pela pena aplicada pela magistrada, de 7 anos de prisão, Edson deveria ser sentenciado ao cumprimento inicial em regime semiaberto.

Fonte Folha Max