Em nota, Maggi desmente ligação com esquema de Riva revelado à Justiça

Na nota, Maggi nega qualquer participação no esquema de propina aos deputados estaduais, na época em que era governador de Mato Grosso.
Em nota, Maggi desmente ligação com esquema de Riva revelado à Justiça

O ex-deputado José Geraldo Riva em seu reinterrogatório – dado nesta última sexta-feira (31), n Fórum de Cuiabá -, à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, ele poupa poucos colegas da Casa de Leis e aponta para muitos ex-colegas parlamentares, que estão inclusive, de volta à esta legislatura na Assembleia.

Em um novo depoimento na operação Imperador, à magistrada, Geraldo Riva faz confissões bombásticas, como a de ligar o ex-governador Blairo Maggi, atualmente ministro da Agricultura que, à exemplo do gestor estadual e seu antecessor, Dante de Oliveira, também repassava ‘bola’ para deputados na AL.

E que Maggi, em uma viagem à África – ainda enquanto governador -, teria levado o conselheiro Alencar Soares para desfazer o negócio da indicação de Sérgio Ricardo a uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, para sugerir Éder Moraes para a vaga no TCE.

Riva ainda disse que para a compra da vaga do ex-deputado e conselheiro afastado Sérigio Ricardo, a AL repassou do esquema milionário, cerca de

R$ 2,5 milhões.

Quem não gostou nada disto foi Maggi que em nota, neste sábado (1º de abril) desmentiu o ex-deputado queór várias vezes presdiu a Mesa Diretora do Legislativo estadual.

Na nota, Maggi nega qualquer participação no esquema de propina aos deputados estaduais, na época em que era governador de Mato Grosso, conforme denunciado pelo ex-deputado estadual José Riva, nessa sexta-feira (31.03), à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A acusação de Riva foi feita no reinterrogatório da ação penal originada pela ‘Operação Imperador’

Maggi disse que o próprio José Riva reconheceu que ele teria se recusado a participar de qualquer esquema de distribuição de propina a deputados.

Sem querer se alongar muito sobre o assunto, o ministro afirmou que o orçamento do Estado era debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa e que nele estavam incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). E por fim, diz estar com a consciência tranquila.

O depoimento relativo às investigações da operação Imperador – deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) -, reabre não só a polêmica das fraudes na aquisição de material de escritório. Nem as compras que eram todas superfaturadas, realizadas no período de 2005 a 2009.

Mas, pelo número de deputados estaduais envolvidos no esquema que, de acordo com o Ministério Público Estadual, deixou um rombo de R$ 62 milhões nos cofres do Legislativo. Assim, com o depoimento desta sexta, do ex-deputado, muito possivelmente a rotina de muitos políticos reeleitos na Casa de Leis, será modificada por um bom tempo.

Leia a íntegra da nota de Blairo Maggi

“Sobre o depoimento prestado na data de hoje (31/03) pelo ex-deputado José Riva à Justiça, esclareço que:

 

  1. O próprio José Riva reconheceu que me recusei terminantemente, enquanto governador do Mato Grosso, a participar de qualquer esquema de distribuição de propina a deputados.

 

  1. O orçamento do Estado do Mato Grosso é debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa. Nele estão incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado.

 

  1. O Poder Executivo, no caso o governador, não tem qualquer ingerência na execução orçamentária da Assembleia Legislativa.

 

  1. Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado.”

 

Blairo Maggi

Fonte Folha do Estado

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