Após ter sido citado por delatores da Odebrecht, Maggi afirmou ainda ter compromissos a cumprir com agronegócio do PaÃs.
Após ter sido citado por delatores da Odebrecht, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), afirmou que se dependesse dele deixaria o comando da Pasta. Entretanto, disse ainda ter missões a cumprir com o setor do agronegócio.
Os ex-executivos da empreiteira colocam Blairo como um dos supostos beneficiários de propinas em depoimento da Operação Lava Jato.
Em seu Facebook, o ministro disse não ser fácil passar por uma “acusação injusta”.
“Tenho muitos assuntos sendo tratados, inclusive o caso da carne, onde temos que nos reposicionar. Pela minha simples vontade, sairia. Ficar significa um enorme esforço íntimo. Não é fácil passar por uma acusação injusta”, disse na publicação.
“Mas tenho um setor inteiro que confia no meu trabalho e não pode ser mais afetado neste momento”, afirmou.
O ministro voltou a criticar a citação de seu nome. Disse que o depoimento dos delatores são “inconsistentes” e que quer ver o assunto esclarecido o mais rápido possível.
Anteriormente, ele já havia dito ter sido pego de surpresa com o episódio e que se sentia “derrotado”.
“O depoimento do delator é inconsistente e cheio de contradições em relação a mim. Estou levantando todas as informações e o farei com a maior transparência. Estou no time dos políticos que querem ver este assunto esclarecido o mais rápido possível”, disse o ministro.
Recentemente, circulou na imprensa nacional que Blairo seria um dos ministros citados nas delações da Odebrecht que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), avalia exonerar.
A delação
Em acordos de delação premiada firmados com o Ministério Público Federal (MPF), Antônio Pacífico Ferreira, diretor superintendente para as Áreas Norte, Nordeste e Centro Oeste da Odebrecht, e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, diretor de contratos da construtora, apontaram pagamento de R$ 12 milhões para Blairo - por meio de seu ex-secretário Eder Moraes. O valor teria sido utilizado para custear a campanha do então governador de Mato Grosso à reeleição, no ano de 2006.
Cinco cópias de documentos comprovariam os repasses de propina ao ministro por parte da construtora Odebrecht.
Os documentos citam repasses supostamente realizados não só a Blairo, como também ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Edmilson dos Santos, ao procurador do Estado João Virgílio Nascimento Sobrinho e ao procurador aposentado Francisco Lima Filho, o “Chico Lima”.
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