“Vamos ver até lá quem está vivo; não foi preso e quem está de tornozeleira", profetiza
O secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, o ex-governador Jaime Campos (DEM), afirmou que é necessário aguardar diversos acontecimentos, entre eles a possível colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para que sejam definidos os candidatos ao Governo do Estado e Senado da Repúblcia nas eleições do próximo ano.
De acordo com Campos, a possível delação premiada do ex-governador, que estaria prestes a ser homologada pela Procuradoria-Geral da República, deve ser levada em consideração ao analisar o cenário da disputa eleitoral do próximo ano. "Temos que aguardar todos os acontecimentos que vêm pela frente. Aguardar a possibilidade da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, enfim, há muita água para correr embaixo da ponte”, disse, na manhã desta terça-feira (9), em entrevista à rádio Capital FM.
O ex-governador, que é aliado de Pedro Taques (PSDB) e amigo do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, esquivou-se ao comentar sobre qual posicionamento deve tomar em caso dos dois disputarem o cargo de chefe do Executivo Estadual em 2018. "Sou amigo do Antônio Joaquim e do governador Pedro Taques. Quando se fala em eleições de 2018, é muito precoce, é muito prematuro. Falar em eleições neste exato momento é atropelar o processo. Vamos pensar nelas, a partir de março do ano que vem, na medida em que vamos saber quem, de fato, são os candidatos. Os prazos se estendem até 2 de abril, para todo cidadão se desincompatibilizar, no caso o conselheiro Antônio Joaquim. Para o governador Pedro Taques, é facultado o direito de disputar as eleições porque a Justiça lhe dá essa garantia”, declarou.
Ele acredita que novos nomes também surgirão para disputar o Palácio Paiaguás no próximo ano. “Não tenho dúvida nenhuma de que ainda surgirão dois, três ou quatro nomes com possibilidade de disputar o cargo de governador. Fala-se no senador Wellington Fagundes, ex-prefeito Mauro Mendes, e por aí vai indo. Tem candidato para dar, vender e emprestar”, ironiza.
Segundo Jaime Campos, há várias situações que precisam ser avaliadas antes de qualquer definição sobre os candidatos. “Vamos ver, até lá, quem está vivo, quem não foi preso, quem está com a tornozeleira etc. Depois que tudo isso acontecer, aí que vamos saber, de fato, quem é candidato ao quê. Temos que aguardar, porque ainda há muita água para passar embaixo da ponte”, enfatizou.
Apesar de destacar a incerteza para a disputa eleitoral de 2018, o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande acredita que o DEM deve manter apoio a Taques no caso do tucano disputar a reeleição. "Hoje o DEM está na base aliada ao governador, o líder do governo é o deputado Dilmar Dal'Bosco, presidente do diretório do DEM no nosso Estado. Eu não tenho dúvida alguma de que toda a tendência e possibilidade é caminhar com aquele para quem o partido está dando base de sustentação. Apoiamos o Taques na sua eleição e agora fazemos parte da base aliada do seu governo. Seria até contraditório, uma incoerência, o partido mudar de rumo lá pra frente. Tudo aquilo que é combinado, não sai caro”, completou.
ENQUADRADOS DO PSB
Ainda em relação à disputa eleitoral do próximo ano, Jaime Campos afirmou que o Democratas está aberto para receber os membros do PSB que foram destituídos da liderança do partido no Estado, após desobedecerem comando da Executiva Nacional e votarem a favor da reforma trabalhista, proposta pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB). "Sem dúvida alguma, se eles eventualmente deixarem o PSB, o Democratas está de portas abertas, não só para aqueles que estão saindo do PSB, como para outros e também para aqueles que não são filiados. Todos serão bem-vindos, evidentemente respeitando a questão das doutrinas partidárias. Feito isso, não há nenhuma dificuldade, porque o partido está de portas abertas”, contou.
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