Deputados do PSB se reúnem com cúpula no DF

O estopim para a dissolução do diretório foi o voto de Fábio Garcia em 26 de abril e o pivô dessa crise não dá sinais de recuo.
Deputados do PSB se reúnem com cúpula no DF

Mergulhado numa crise pela desobediência de 14 dos seus 30 deputados federais que não cumpriram a orientação partidária pelo posicionamento contrário ao projeto da reforma trabalhista, a Executiva Nacional do PSB cortou algumas cabeças Brasil afora. Em Mato Grosso o partido baniu o deputado federal Fábio Garcia de sua presidência regional e dissolveu seu diretório. Tentando fumar o cachimbo da paz o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, lidera os parlamentares mato-grossenses de sua sigla para uma reunião hoje, em Brasília, com a cúpula partidária tentando uma saída para o impasse. 

Em Mato Grosso Fábio Garcia não foi o único atingido. Seus correligionários locais o apoiaram e em resposta o partido dissolveu o diretório regional, que tinha em sua executiva o deputado Adilton Sachetti; o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes; e Botelho. A decisão do PSB criou ebulição política regional e vários caciques partidários ofereceram filiação aos sem partido. 

Botelho agendou a reunião com o presidente nacional, Carlos Roberto Siqueira de Barros, e os demais membros da executiva. Com ele viajarão os deputados estaduais Oscar Bezerra, Mauro Savi e Adriano Silva, que compõem a bancada do PSB na Assembleia; em Brasília Sachetti e Fábio Garcia se juntarão ao grupo. 

Cauteloso, Botelho desconversou sobre o futuro, caso o PSB nacional não recue. “Primeiro nós vamos ouvir; só depois a gente vê qual decisão tomar”, ponderou. O deputado acrescentou que política se faz com diálogo, “conversando pode ser que a gente se entenda”. 

O estopim para a dissolução do diretório foi o voto de Fábio Garcia em 26 de abril e o pivô dessa crise não dá sinais de recuo. Para complicar o PSB mato-grossense está ao seu lado. A reunião – avalia Botelho – será em clima ameno, mas para se chegar ao consenso ou a direção nacional terá que apoiar a reforma trabalhista ou em Mato Grosso o partido terá que transformar Fábio Garcia em boxe expiatório.

Fonte Diário de Cuiabá

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