Após prisões, governador oficializa mudanças na Casa Militar

Conforme publicação do Diário Oficial do Estado, coronel Lesco não receberá salários como secretário
Após prisões, governador oficializa mudanças na Casa Militar

O governador Pedro Taques (PSDB) determinou o afastamento do secretário da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, preso na última sexta-feira (23) por suposto envolvimento no esquema de grampos ilegais operados pela Polícia Militar.

A prisão foi determinada pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O afastamento do secretário foi oficializado em ato no Diário Oficial do Estado, que circula nesta segunda-feira (26).

Conforme a publicação, durante o período em que permanecer afastado, Lesco não receberá salários como secretário. Os vencimentos como coronel, no entanto, não serão afetados.

Por ora, Lesco será substituído por Wesley de Castro Sodré.

Também no Diário Oficial desta segunda, está o afastamento não remunerado do secretário-adjunto da Pasta, coronel Ronelson Jorge de Barros, que também foi preso no esquema.

Veja fac-símile das publicações no Diário Oficial:

 

 

Escutas ilegais 

As interceptações ilegais teriam sido feitas por integrantes da Inteligência da PM, com suposta anuência de setores do Palácio Paiaguás.

O esquema era viabilizado pela prática da “barriga de aluguel”, quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.

Coronéis da Polícia Militar, mais assessores do primeiro escalão do Palácio Paiaguás, se utilizariam do esquema para monitorar adversários políticos, jornalistas, advogados e empresários.

Na última sexta, também tiveram a prisão decretada um cabo identificado como Toresan, o corregedor-geral da PM, coronel Alexandre Corrêa Mendes, e o diretor de Inteligência da Corporação, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira.

Estes dois últimos foram citados pelo governador Pedro Taques em um ofício enviado ao presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, por supostamente vazar uma operação com busca e apreensão e possíveis cumprimentos de mandados de prisão contra PMs investigados por escutas clandestinas ilegais.

Outros dois membros do Executivo também já foram presos por suspeita de envolvimento na prática de “arapongagem”. São eles: o coronel PM Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da PM de Mato Grosso, e do cabo Gerson Ferreira Gouveia Júnior.

Os mandados de prisão foram decretados pelo juiz de Direito Marcos Faleiros, da 11ª Vara de Crimes Militares da Comarca de Cuiabá.

Fonte Mídia News

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