Campos reclama de espaço do DEM no Governo e abre portas para insatisfeitos no PSB

Após passar por transplante de fígado, Júlio Campos admite disputar eleições em 2018
Campos reclama de espaço do DEM no Governo e abre portas para insatisfeitos no PSB

O ex-governador Júlio Campos (DEM) confirmou que o partido é “um aliado incondicional” do atual chefe do poder executivo, Pedro Taques (PSDB). Júlio, porém, reclamou que o DEM está “mais dando do que recebendo” do Governo. 

“Nós estamos na base do governador Pedro Taques. O Democratas é um aliado incondicional em termos de participação. Nenhum secretário de Estado pertence ao nosso partido. Estamos mais dando do que recebendo. Nunca exigimos nenhuma contrapartida do governador e não participamos do núcleo duro do poder”, declarou o ex-governador em entrevista a Rádio Capital FM.

Júlio Campos colocou que o DEM seguirá na base do Governo. No entanto, frisou que o partido tem projetos para o próximo ano, o que pode culminar com o não apoio a uma eventual candidatura a reeleição do governador. “Damos apoio e solidariedade inclusive na Assembleia com o deputado Dilmar Dal’Bosco, que é líder do Governo. Mas também não podemos deixar de ver que o DEM possui um projeto nacional e também estadual”, disse Júlio Campos”.

Apesar de discutir alternativas ao Governo, Júlio Campos admite que o governador Pedro Taques ainda é o nome a ser batido em razão da "máquina política administrativa". “O governador tem toda a possibilidade [de ser o favorito a reeleição]. Não vamos desconhecer que máquina política administrativa pesa muito numa eleição. Por mais desgastado que esteja, um governador já entra na disputa com um terço dos votos”.

Durante a entrevista, o democrata comentou sobre o transplante de fígado que realizou no início do ano em Fortaleza. Ele admitiu que no período que antecedeu o procedimento – que teve de ser feito após o diagnóstico de cirrose -, “já estava praticamente se entregando”. Porém, o político de 70 anos crava que “ainda pode ser útil a Mato Grosso”.

Questionado se seria um possível nome para disputar as eleições, o ex-governador foi enigmático, e limitou-se a responder “não vou dizer dessa água não beberei”.

INSATISFEITOS DO PSB

Júlio Campos também colocou mais lenha na fogueira na discussão travada no PSB, que não aceita a liderança do deputado federal Valtenir Pereira, empossado como presidente da sigla em Mato Grosso no dia 14 de junho de 2017. Deputados estaduais, federais e lideranças políticas, como o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), são contra a presença de Valtenir na presidência do partido.

O ex-governador se referiu aos políticos descontentes do PSB – como os deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti, além dos deputados estaduais Eduardo Botelho, Oscar Bezerra, Adriano Silva, Mauro Savi e Max Russi -, como “aliados”. Ele ainda deixou o DEM de “portas abertas a eles”.

“Eles teriam condições de entrar já participando da direção do partido. São aliados. Eles dentro do DEM estariam em casa, poderiam fazer até um projeto em nível estadual”, disse Campos.

Fonte Folha Max

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