O sucessor será responsável por investigar os policiais militares suspeitos de participar do esquema de interceptações telefônicas clandestinas.
Após a recusa do delegado Marcelo Martins Torhacs em assumir o caso de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso no lugar do delegado Flávio Stringueta, a investigação está há 11 dias sem um responsável.
Stringueta anunciou que deixaria o caso em razão de um problema de saúde. Para evitar especulações, o delegado postou fotos do atestado médico e de exames afirmando que foi diagnosticado com uma doença rara, autoimune, chamada ‘Doença de Crohn’.
O desembargador Orlando Perri, relator da ação que corre no Tribunal de Justiça, deve pedir que o diretor-geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli, indique um nome para substituir Stringueta.
O sucessor será responsável por investigar os policiais militares suspeitos de participar do esquema de interceptações telefônicas clandestinas.
O caso dos grampos ilegais veio à tona após denúncia feita pelo promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança, Mauro Zaque.
Militares teriam se utilizado irregularmente do sistema "Guardião" de interceptação telefônica, bem como formalizado pedidos de interceptações telefônicas e respectivas prorrogações, como também dos relatórios de inteligência, com desvio de finalidade, a fim de que, na clandestinidade, obtivessem chancela judicial para execução de escutas indevidas.
O inquérito policial militar foi instaurado e está sob a responsabilidade do coronel Jorge Catarino e apura a participação dos militares no crime. Ele protocolou nesta segunda-feira (10), junto ao Tribunal de Justiça, o relatório preliminar do caso e apontou a necessidade de realização de diligências complementares, como a coleta de novos depoimentos.
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