Evandro Lesco cumpre prisão preventiva no 3º Batalhão da PM
O coronel da Polícia Militar, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, foi visto nesta quarta-feira fazendo compras numa farmácia na avenida Tuiuiú, bairro CPA 4, em Cuiabá. Ele ainda teria sacado dinheiro num caixa da Rede 24 Horas na região.
Lesco está preso desde a última quarta-feira (27) no 3º Batalhão da Polícia Militar acusado de obstrução a Justiça nas investigações dos grampos ilegais no Estado. Por ser militar, cumpre a prisão preventiva em unidades da PM e não em presídio comum.
A denúncia da saída do coronel foi feita a Corregedoria da Polícia Militar, que abriu procedimento para investigar a infração.
Ela afirma que 2 policiais militares acompanhavam o coronel nas compras. Segundo o denunciante, Evandro Lesco comprou 2 desodorantes e um sabonete na farmácia. O valor do saque não foi confirmado.
Nesta tarde, policiais da Corregedoria devem realizar diligências para checar se o coronel realmente deixou as dependências do 3º Batalhão.
CONSEQUÊNCIAS
Caso a denúncia seja comprovada, pode trazer sérias consequências ao coronel. Um caso semelhante já ocorreu com o cabo Gerson Luiz Correa Junior, também investigado no processo dos grampos.
Preso em maio deste ano, Gérson Correa foi transferido ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) após ficar comprovado que ele usufruía de regalias no Batalhão da Rotam, onde foi levado logo após sua prisão.
Na “cela” onde ele estava, havia micro-ondas, frigobar, televisão LED e até acesso a internet, além de receber visitas sem horário definido. Correa também teria saído do batalhão para ir a uma boate na região do Bosque da Saúde.
Diante disso, o desembargador Orlando Perri, relator do caso dos grampos, chegou a solicitar que os presos no caso dos grampos fossem transferidos para presídio federais. A solicitação, porém, foi negada.
ESDRAS
Evandro Lesco foi preso, junto com outras 7 pessoas, acusado de tramar um plano para levantar a suspeição do desembargador Orlando Perri, relator do caso no Tribunal de Justiça. O grupo é acusado de cooptar o tenente-coronel José Henrique Costa Soares para fazer gravações de Perri.
Porém, Soares deixou de integrar o grupo e entregou o esquema para a Polícia Civil. Além dele, foram presos sua esposa, Helen Christie Lesco, o coronel Airton Benedito Siqueira Junior, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o major Michel Ferronato, o sargento João Ricardo Soler e ainda empresário José Marilson.
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