As escutas ilegais segundo as investigações começaram na campanha para o Governo em 2014 e vigoraram até 2015
O delegado Flávio Stringueta, um dos responsáveis pelas investigações relativas ao escândalo das escutas ilegais em Mato Grosso, afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento e avalizou o esquema de grampos.
As interceptações ilegais, segundo as investigações, teve início na campanha para Governo do Estado em 2014 e vigorou até 2015.
Entre os grampeados estão adversários políticos de Taques, jornalistas, servidores e advogados.
“O então candidato ao Governo José Pedro Taques tinha conhecimento, avalizou esses grampos e depois, enquanto governador, continuou mantendo isso de alguma forma, através do secretário da Casa Civil, Paulo Taques”, disse Stringueta em entrevista ao "Jornal Hoje", da TV Globo.
A reportagem foi ao ar nesta quinta-feira (19). Clique AQUI para assistir.
Paulo Taques, que é primo do governador, está preso desde o dia 27 de setembro, no Centro de Custódia da Capital, acusado de ser um dos "protagonistas" do grupo criminoso que operava interceptações clandestinas em Mato Grosso.
Ele foi detido por ordem do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.
Nesta semana, o processo foi remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por determinação do ministro Mauro Campbell Marques.
A reportagem da TV Globo mostrou, ainda, o depoimento do cabo da Polícia Militar, Gérson Corrêa, no qual ele confessa ter operado o sistema ilegal de escutas.
As declarações foram dadas na última segunda-feira (16), aos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner.
No depoimento, ele contou que a negociação foi intermediada pelos coronéis da Polícia Militar, Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar, e Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado. Os dois estão presos.
Segundo o cabo Gerson, o coronel Zaqueu era quem lhe repassava os números de telefones que deveriam ser grampeados.
Outro lado
Por meio de assessoria de imprensa, o governador negou ter conhecimento dos grampos.
Segundo policial militar, ele recebeu R$ 50 mil em dinheiro vivo de Paulo Taques, à época, coordenador jurídico da campanha de Pedro Taques, para custear as despesas com os grampos.
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