Gilmar Fabris (PSD) está preso desde o dia 15 de setembro por suspeita de obstrução da Justiça. ALMT vai encaminhar ofÃcio ao TRF e ao STF informando sobre a votação.
Os deputados estaduais votaram na sessão noturna dessa terça-feira (24) o parecer sobre a prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD). Fabris está preso desde o dia 15 de setembro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de obstrução da Justiça no âmbito da Operação Molebolge, da Polícia Federal. A operação investiga crimes de corrupção e pagamento de propina a políticos durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
A votação do parecer da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aconteceu após convocação do presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (PSB). O parecer foi pela revogação da prisão de Fabris e revogação da suspensão do mandato.
Os 19 deputados que estavam presentes à sessão no momento da votação se manifestaram favorável ao parecer da Comissão de Ética, ou seja, pela liberdade do deputado e para que ele volte às atividades.
A ALMT deve comunicar o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e o STF sobre a votação, que teve como base a votação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), para a expedição do alvará de soltura. Na semana passada, o Senado revogou uma decisão do STF votando pelo retorno dele ao cargo.
A prisão
O ministro Luiz Fux, do STF, determinou a prisão de Gilmar Fabris no último dia 14, mesmo dia da operação Malebolge, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de corrupção no governo de Mato Grosso, mediante negociações de propinas, crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Gilmar Fabris foi citado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em acordo de delação com a Procuradoria Geral da República (PGR) como um dos supostos beneficiados com o recebimento de propina de verba desviada por meio de programa de pavimentação asfáltica MT Integrado.
Inclusive, ele aparece em vídeos entregues pelo ex-governador à PGR como provas materiais do esquema de corrupção no governo.
Gravado por uma câmera escondida na sala do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa, Fabris reclama do valor entregue pelo ex-chefe de gabinete, que era responsável pelo pagamento de propina e outras vantagens indevidas a políticos durante a gestão de Silval Barbosa, e questiona sobre os R$ 100 mil que seriam pagos a ele.
Segundo Silval Barbosa, Fabris é um dos sete deputados estaduais que, entre 2012 e 2013, o procuraram e exigiram dinheiro de propina de obras da Copa do Mundo de 2014 e do programa MT Integrado para aprovar as contas do Executivo durante a gestão dele.
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