Deputado vê resgate histórico no PMDB

A mudança também foi vista como uma alternativa para driblar a imagem negativa criada após o impeachment da ex -presidente Dilma Rousseff
Deputado vê resgate histórico no PMDB

Uma repaginada que resgata a história e valoriza o partido. Assim definiu o significado da mudança de nome do PMDB, o secretário-geral da legenda em Mato Grosso, o deputado estadual Silvano Amaral. Desde a semana passada, a sigla vem sendo divulgada pela sua direção nacional sem o P, que significa a palavra partido. Com a retirada da letra, a agremiação volta se chamar MDB, ou seja, Movimento Democrático Brasileiro, como ocorria em 1980.

“Essa mudança é muito boa. Eu estive na convenção nacional. O PMDB é um partido histórico e tem um motivo de nascimento, que é a democratização do país. Quando se anda pelo Estado, é possível ver que a militância é que foi muito contemplada, porque eles dão uma força institucional. O retorno do MDB é uma forma de um resgate e valorização do partido”, defendeu o parlamentar.

A mudança também foi vista como uma alternativa para driblar a imagem negativa criada após o impeachment da ex -presidente Dilma Rousseff (PT). Para parcela da população, a petista teria sido “derrubada” pelo seu vice, o hoje presidente Michel Temer (PMDB) que, desde que assumiu, vem sofrendo um grande desgaste. Segundo Silvano, a mudança tem outra razão: a bandeira levantada pelo partido de luta contra o nascimento desenfreado de legendas “nanicas”.

Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem 35 partidos políticos registrados. “A discussão é para diminuir essa quantidade de partidos e a mudança do nome é relacionada a isso: o resgate da questão partidária, da história das bandeiras que o partido tem, que todos deveriam ter e muitos não têm. Hoje, se cria partidos por conveniência”.

Na avaliação do deputado, uma redução na quantidade de siglas também diminuiria a quantidade de trocas de partidos que alguns políticos fazem ao longo de suas trajetórias. “Hoje podemos ter 48 candidatos dentro do partido e nem existe muita discussão a respeito disso. Se um deles perceber que não tem espaço, pula para outro partido. Se não tivesse tantos partidos, haveria mais discussão e teríamos candidaturas purificadas”.

A troca do nome foi aprovada com 338 votos favoráveis, 60 contra e 34 em branco. A votação serviu ainda para adequar o estatuto do partido. Entre as alterações feitas está previsto que a Comissão Executiva Nacional poderá fixar os critérios para distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Um levantamento realizado do início deste ano aponta o MDB como a sigla partidária com o maior número de filiados no país: 2.306.056. Em seguida, aparecem o PT, com 1.549.608, e o PSDB, com 1.405.117 adeptos.

Fonte Folha Max

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