Eu entreguei o Estado com folha de pagamento em dia, 13º em dia, paguei dia 27 de dezembro todos os servidores
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) fez críticas pontuais à gestão do governador Pedro Taques (PSDB). Ele afirmou, por exemplo, que mesmo com o orçamento 30% maior que em sua época, Taques não está conseguindo cumprir com repasses aos Poderes e pagamento de folha salarial.
As declarações foram feitas após depoimento à Controladoria Geral do Estado (CGE), em Cuiabá, onde ele presta informações sobre esquemas de corrupção envolvendo cerca de 100 empresas, que teriam pago propina em sua gestão.
Silval, que ficou um ano e meio preso no Centro de Custódia de Cuiabá e está em prisão domiciliar por ter admitido uma série de crimes, quando era governador, disse que no seu último ano de gestão o orçamento do Estado foi de R$ 13,8 bilhões - e hoje, a arrecadação está em torno de R$ 20 bilhões.
“Eu entreguei o Estado com folha de pagamento em dia, 13º em dia, paguei dia 27 de dezembro todos os servidores", disse.
"O Orçamento que eu executei em 2014 foi de R$ 13, 8 bilhões, hoje o Estado arrecada quase R$ 20 bilhões e não está honrando com o pagamento dos servidores e com os poderes – que são repasses constitucionais”, afirmou.
O pagamento referente ao mês de dezembro, que deveria ser pago até o dia 10, conforme legislação, foi dividido por secretarias. O Executivo pagou servidores de 37 secretarias e órgãos, no dia 10 de janeiro, e no dia 11 as demais secretarias.
Ao todo, o Poder Executivo deve cerca de R$ 400 milhões relativos a 2016 e 2017 aos Poderes e instituições. Entretanto, o governador preferiu não estipular data para realizar o pagamento do duodécimo.
Declarações
Silval Barbosa, já considerado o governador mais corrupto da história de Mato Grosso, ainda afirmou que não se incomoda com as declarações de Taques contra ele.
“Ele que deve estar incomodado. Eu vejo que todas as ações que são desenvolvidas por ele são fruto, ainda, do meu Governo”, afirmou.
Segundo ele, Taques apenas trocou os nomes dos programas que vinham sendo tocados em sua gestão. “Eu vejo pouca, ou quase nada de novas licitações”, disse.
Em outubro do ano passado, a CGE revelou que detectou um rombo de R$ 1,03 bilhão em contratos da administração Silval.
O ex-governador foi condenado a 13 anos por envolvimento em organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro.
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