JanaÃna cita reunião organizada por Rui Ramos para “conciliar†Taques e Leitão
A deputada estadual da oposição, Janaína Riva (MDB), disse que o Poder Judiciário está "comprometido" com o Governador Pedro Taques (PSDB), sugerindo que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) esteja protegendo O Executivo de eventuais ações. As declarações foram dadas em entrevista a Rádio Capital na manhã desta quarta-feira (17).
Janaína Riva explicava que ela e o também deputado estadual da oposição, Zeca Viana (PDT), são os que mais apresentam ações na Justiça contra a gestão do governador Pedro Taques. Ela lamentou, no entanto, que acha “muito difícil” que as denúncias judiciais dentro do Estado prosperem contra o atual governo. “Temos ações contra o governo. Nós protocolamos na Justiça Eleitoral, principalmente algumas manobras, decretos, emendas impositivas. Acreditar que aqui dentro de Mato Grosso teremos uma posição favorável do Judiciário é muito difícil. Eu já estou decepcionada e estou desmotivada a fazer isso aqui dentro de Mato Grosso”, disse a deputada estadual.
A deputada estadual também criticou o desembargador Rui Ramos, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ramos, que não pode ser filiado a partido político em razão da magistratura, promoveu um encontro, por meio de um jantar, entre o governador Pedro Taques e o deputado federal Nilson Leitão, ambos do PSDB, e que possuem interesses distintos nas eleições de 2018 – fato que vem provocando um racha no partido em Mato Grosso.
A parlamentar disse que se fosse servidora do Poder Judiciário não criticaria o governador e sim o presidente do órgão, Rui Ramos. “A partir do momento que o presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, tenta fazer uma reunião de conciliação entre e o deputado federal Nilson Leitão e Pedro Taques, se isso não é estar comprometido eu não sei o que está comprometido. Pelo amor de Deus! Presidente de um Poder! Se eu fosse servidora do Judiciário eu não ia estar atacando o governador e sim o presidente do judiciário”, disse ela.
Ela também criticou a falta de repasse aos poderes através do duodécimo dizendo que os R$ 800 milhões a mais do que o previsto que entraram nos cofres públicos estaduais no fim de 2017 não foram suficientes para saldar as dívidas do Estado. “O governador não passa o dinheiro. Em dezembro arrecadou R$ 800 milhões a mais. Falta gestão a uma equipe que saiba lidar com recurso público. A desculpa não está colando”, afirmou.
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