Órgão investiga crimes de corrupção com envolvimento de servidores públicos entre os anos de 2011 e 2014, na gestão de Silval Barbosa.
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) prestou depoimentos voluntários durante 4 dias à Controladoria-Geral do Estado (CGE-MT) sobre os casos de corrupção durante a gestão dele. O órgão investiga possíveis crimes de corrupção com envolvimento de servidores públicos e empresas entre os anos de 2011 e 2014.
Os depoimentos à CGE ocorreram durante esta semana e encerram na quinta-feira (18).
“Estamos investigando crimes como pagamento de propina, fraude em licitação, fraude em contrato, aliciamento de servidores e agentes públicos”, afirmou a Secretária Adjunta da CGE-MT, Cristiane Laura de Souza.
Silval se apresentou à CGE para dar detalhe sobre os esquemas já delatados por ele em acordo com a Procuradoria-Geral da República. No depoimento ao órgão, o ex-governador citou cerca de 100 empresas que teriam sido beneficiadas em esquemas de corrupção. Entre as citadas, algumas ainda prestam serviços para a atual gestão, segundo Silval.
“Esse sistema é endêmico, ocorreu há muito tempo e em praticamente todos os governos. Infelizmente a gente ainda vê que isso continua acontecendo, como é o caso da Rêmora”, declarou Silval se referindo a operação que investiga fraudes na Educação.
As investigações da CGE-MT estão sob sigilo. Segundo o órgão, o processo é administrativo e os envolvidos podem ser punidos.
“As empresas podem ter que divulgar que sofreram uma sanção da Administração, podem ser multadas num percentual referente ao faturamento bruto do ano interior a instauração do público, além de ter que ressarcir o erário. Já os servidores podem ser repreendidos ou demitidos”, afirmou Cristiane Laura.
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