Governador diz que não aprendeu a fabricar dinheiro para pagar poderes

O governador culpa o atraso de repasses da União para a Saúde Pública do Estado que o obrigou a tirar de dinheiro de outras áreas para manter os hospitais ligados ao SUS.
Governador diz que não aprendeu a fabricar dinheiro para pagar poderes

O governador Pedro Taques (PSDB) disse na segunda-feira (29) que está em dia com o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) aos Municípios e, se soubesse “fabricar” dinheiro, também quitaria a dívida de quase R$ 197 milhões com os poderes referentes aos duodécimos dos anos de 2016 e 2017.

“Se eu tivesse uma fábrica de dinheiro eu pagaria esses débitos. Agora, o governador não tem fábrica de dinheiro. Quem conduz a política monetária da República é a União, não é o Governo do Estado", afirmou Taques.

O governador culpa o atraso de repasses da União para a Saúde Pública do Estado que o obrigou a tirar dinheiro de outras áreas para manter os hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) funcionando.

“Se eu tivesse uma fábrica de dinheiro eu pagaria esses débitos. Agora, o governador não tem fábrica de dinheiro. Quem conduz a política monetária da República é a União, não é o Governo do Estado. A União deixou de passar para Mato Grosso 70% dos recursos da Saúde e aí nós tivemos que fazer reacomodações para resolver o problema”, declarou o governador.

Taques também detalhou que o decreto de um acordo com os poderes, firmado na última sexta-feira (29), propondo que o Governo retire uma porcentagem da verba de custeio para pagar a dívida dolarizada junto ao Bank of América, só será editado se for consenso.

A proposta do Executivo sugere que seja feita uma contenção no custeio dos poderes para que seja retirado 20% durante quatro meses, além de não pagar o custeio de janeiro. O valor seria para completar os U$ 32 milhões da dívida dolarizada, contraídos na gestão passada, na qual a cotação atual já está em mais de R$ 100 milhões.

“Nós não editaremos o decreto antes da concordância dos poderes”, garantiu o tucano.

Sobre o Fundeb, o governador afirmou que o Estado tem feito o repasse às Prefeituras rigorosamente em dia e defendeu que a Assembleia tem direito de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se o dinheiro foi usado para pagar débitos do Executivo que não estejam ligados à Educação.

“O Estado depositou rigorosamente em 2017 e em 2018 não estamos nem um dia atrasados. Agora, a Assembleia Legislativa tem independência para criar a CPI. Desejo ser fiscalizado. Quem não teme seu futuro, não teme seu passado”, completou.

Fonte RepórterMT

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