CPI encaminha depoimento de Sílvio ao MPF para comparação com delação

Autor do pedido, vereador Diego Guimarães quer que MPF acompanhe investigações da comissão
CPI encaminha depoimento de Sílvio ao MPF para comparação com delação

O vereador Diego Guimarães (PP) encaminhou um requerimento ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, Marcelo Bussiki (PSB), em que pede o compartilhamento do depoimento do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio César Côrrea Araújo, com o Ministério Público Federal (MPF). 

O parlamentar explica no pedido que é necessário o compartilhamento da ata da sessão realizada no último dia 16, bem como o envio de uma cópia integral em meio digital do arquivo de áudio e vídeo do depoimento. Guimarães explica que deve fazer isso em todos os depoimentos se for necessário, para que o MPF possa acompanhar a veracidade e também acrescentar os novos fatos que são trazidos pelos depoentes. 

“Esse compartilhamento tem uma finalidade técnica. O Ministério Público vai poder fazer uma comparação se o depoimento que o Silvio prestou na Polícia Federal e na delação condiz com aquilo que ele falou na CPI, se ele está realmente colaborando com os órgãos de investigação”, disse o parlamentar. 

Em seu depoimento à Comissão, Corrêa reafirmou que o dinheiro repassado ao então deputado e agora prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), era referente a uma propina paga aos parlamentares para não fiscalizarem a execução de obras de pavimentação de rodovias estaduais por meio do programa Mato Grosso Integrado. Além disso, o depoente afirmou que Pinheiro retornou outras vezes para receber o restante do dinheiro que colocou no paletó quando foi gravado. 

Outro ponto questionado na oitiva e que é objeto da investigação no parlamento, é o possível ato de obstrução da Justiça por parte do prefeito. Isso porque a Polícia Federal encontrou um áudio na Casa do gestor que foi gravado pelo ex-secretário estadual Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) Alan Zanatta, e que seria para tentar obter declarações de Silvio que pudessem inocentar o prefeito.  

“Silvio reforça a tese que houve obstrução da Justiça quando ele diz que o áudio causou um transtorno no processo. Ele teve que voltar a depor depois de tudo e até o momento a origem e finalidade desse áudio não foi explicado”, disse o vereador.

Fonte Folha Max

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