Segundo ele, polÃticos, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e empresários receberam parte do dinheiro desviado das obras de infraestrutura.
O ex-governador Silval Barbosa (MDB) deve prestar depoimento nesta sexta-feira (23) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a conduta do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), após vídeo dele recebendo dinheiro supostamente oriundo de propina. Pinheiro nega que o dinheiro seja de propina.
O vídeo foi entregue por Silval à Procuradoria Geral da República (PGR), como prova de um esquema de corrupção durante a gestão dele como governador de Mato Grosso, no acordo de delação. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado.
A CPI foi aberta depois que Pinheiro apareceu em um vídeo recebendo dinheiro, supostamente de propina, das mãos do ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio César Corrêa, que já prestou depoimento aos membros da comissão, na semana passada. Na oitiva, ele disse que o dinheiro era a título de propina.
Nas imagens, o prefeito, que à época era deputado estadual, aparece recebendo maços de dinheiro e os colocando nos bolsos do paletó. Um dos maços chega a cair no chão, e Pinheiro se abaixa para pegar.
Esquema de propina
Silval Barbosa foi preso em 2015 pela Operação Sodoma e é suspeito de chefiar uma organização criminosa que cobrava propina de empresas em troca de incentivos fiscais. Em junho, Barbosa começou a cumprir prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica. Depois disso, ele firmou acordo de delação e apresentou uma série de provas dos crimes ocorridos na gestão dele.
Segundo ele, políticos, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e empresários receberam parte do dinheiro desviado das obras de infraestrutura. A maioria das fraudes ocorreu por meio do programa MT Integrado, lançado em 2013 no governo de Silval.
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