A ata é alvo de ação de impugnação de mandato eletivo. O processo pode fazer com que Medeiros perca o resto do mandato que vai até dezembro deste ano.
O senador José Medeiros (Pode) confirmou que a ata de registro de candidatura ao Senado no pleito de 2010 envolvendo os suplentes do então candidato Pedro Taques, foi fraudada. O parlamentar, porém, negou que tenha participado de irregularidades. “Eu não tenho nada com aquilo lá. Eu não assinei o “diabo“ de ata”, disse durante entrevista na Assembleia Legislativa.
A ata é alvo de ação de impugnação de mandato eletivo. O processo pode fazer com que Medeiros perca o resto do mandato que vai até dezembro deste ano.
A ação na Justiça Eleitoral relata uma possível fraude nas assinaturas que definiram a ordem dos suplentes da coligação “Mato Grosso Melhor Para Você” que tinha Pedro Taques disputando uma vaga Senado.
Durante o registro, em julho de 2010, a ata original trazia Pedro Taques como cabeça de chapa, seguido pelo atual deputado estadual, Zeca Viana, como 1º suplente e o empresário de Sinop (501 km de Cuiabá), Paulo Fiúza, como 2º suplente.
Porém, em agosto de 2010, Zeca Viana desistiu de figurar como 1º suplente na chapa de Taques ao Senado para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Com a desistência, Paulo Fiúza teria passado para a 1ª suplência e o então policial rodoviário federal, José Medeiros, ficaria com a 2ª suplência.
No entanto, há a suspeita de que a ata tenha sido fraudada, “passando” Medeiros para frente de Fiúza, em razão de suposta falsificação assinaturas dos membros da coligação.
A chapa foi vencedora em 2010. Depois, Pedro Taques disputou o governo de Mato Grosso em 2014 e foi eleito tendo que renuciar ao cargo de senador no início de 2015. José Medeiros assumiu seu lugar no Senado enquanto Paulo Fiúza afirmava que era ele que deveria assumir a vaga.
Medeiros culpa o segundo suplente. “Na verdade, assim, quem fez aquilo era a chapa majoritária. Eu era candidato a deputado federal. Fui convidado a substituir o Zeca Viana, e pronto. Depois que ganhou apareceu. Eu não assinei ata nenhuma. Quem fez foi o amigo do Fiuza. Isso é rolo deles lá”, finalizou o senador durante entrevista na última quinta-feira (5).
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