Duas mortes foram confirmadas no estado.
Com duas mortes confirmadas e uma em investigação em 2020, Mato Grosso está com alto risco de dengue. Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirma mais de 11,1 mil notificações da doença no Estado, somente nos primeiros meses deste ano. Num comparativo com mesmo período do ano passado, quando foram 2,7 mil casos, houve crescimento de 300% nas notificações. O balanço ressalta ainda que o Estado tem uma incidência de 332,7 casos a cada 100 mil habitantes.
Médico da família, Fernando Antônio Santos e Silva explica que a dengue é uma doença viral é o vírus é transmitido por meio do mosquito, que é o vetor. O médico ressalta que o mosquito vive em todo o território brasileiro, um dos motivos de tantos casos. “Para combater o vírus da dengue, tem que combater o vetor, evitar que o mosquito Aedes aegypti continue com o ciclo de reprodução”, diz.
Fernando ressalta que o mosquito se reproduz em água parada e qualquer recipiente que possa armazenar a menor quantidade de água que seja serve de criadouro ao inseto. O médico afirma que muitas pessoas ainda não dão a atenção devida ao assunto e isso faz com que o ciclo da doença continue. “Infelizmente isso é uma questão cultural. Tem pessoas que acumulam coisas no quintal, por exemplo. As vezes só tomam medidas quando ficam doentes”.
Capital
A cidade de Cuiabá também apresentou um crescimento de notificações de dengue, com aumento de 28,3%. Neste ano são 145 casos, incidência de 24,6 a cada 100 mil. No mesmo período do ano passado eram 113 casos, 19,1 por 100 mil pessoas. A técnica da Vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Alessandra Carvalho, diz que é preciso redobrar a atenção. Ela frisa que o período chuvoso, aliado à falta de cuidados, pode ser um somatório para aumento dos casos.
“O mosquito é um vetor que se prolifera em água parada. Em Cuiabá temos a grande presença de criadouros nas residências”.
Alessandra cita a importância dos cuidados com reservatórios de água, como caixas e barris, além dos lixos domésticos. “Dez minutos de cuidados com o quintal já são suficientes. O papel da sociedade é ficar atenta, rompendo com o cenário propício para proliferação da doença”, afirma.
Outros dados
Também foi confirmada este ano uma morte por febre chikungunya. No caso desta doença, o Estado aparece com baixo risco, mas já registrou 325 casos no ano, incidência de 9,7 casos a cada 100 mil pessoas. Os casos de zika vírus chegam a 147 notificações, o Estado está em baixo risco.
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