Estão passando apenas ambulâncias com pacientes, carretas com cargas vivas e alimentos perecÃveis.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Agamenon da Silva Menezes confirmou, esta manhã, que representantes de pelo menos dez entidades voltaram a interditar a passagem de veículos, por tempo indeterminado, na rodovia federal, nas proximidades de um trevo, na cidade paraense de Novo Progresso (596 quilômetros de Sinop). Estão passando apenas ambulâncias com pacientes, carretas com cargas vivas e alimentos perecíveis.
Em fevereiro, os representante das entidades permaneceram com o bloqueio na BR-163 por três dias. Naquele momento, eles entenderam que houve respaldo positivo das autoridades como o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), e do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que se comprometeram em ajudar na revogação da Medida Provisória 756/2016. Porém, segundo um dos líderes, não houve avanço na pauta de reivindicações.
Os representantes dos garimpeiros, madeireiros, associação comercial, Ordem dos Advogados do Brasil, membros de igrejas, clubes de serviços, conselho de pastores e lojas maçônica do município cobram revisão ou até mesmo a revogação da medida provisória que alterou os limites de quatro Unidades de Conservação (UCs) e criou uma nova no sudoeste do Pará para viabilizar o traçado e construção da ferrovia “Ferrogrão”. Eles são contrários a medida, que criou uma Área de Proteção Ambiental (APA), no Parque Jamanxim, em Novo Progresso, e pretende alterar os limites do Parque Nacional do Rio Novo e da Floresta Nacional (Flona).
Segundo as entidades, a alteração prejudicará a economia local, já que o projeto visa apenas atender a construção da ferrovia, que liga Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará. A medida foi assinada pelo presidente Michel Temer, em 20 de dezembro do ano passado.
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